segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Longanimidade, benignidade

“Mas o fruto do Espírito é paz, longanimidade, benignidade, bondade”
̴ Gl 5.22 ̴
Paz para com Deus e para com as pessoas de maneira que os cristãos sejam pacíficos e calmos, não contenciosos, perseguindo-se mutuamente com ódio, mas que levem as cargas uns dos outros com paciência, pois sem a paciência a paz não se pode manter. Por isso, também, Paulo a colocou imediatamente depois da paz.
Entendo que o termo longanimidade significa paciência perseverante por meio da qual alguém não tolera, apenas, as adversidades, os males e as injúrias, mas também espera pacientemente pela correção daqueles que o feriram. Quando o diabo não pode vencer os que são tentados pela força, ele os vence pela persistência, pois sabe que somos vasos de barro que não podem suportar frequentes e contínuos golpes e assaltos durante muito tempo. Assim, ele vence muitos pela persistência. Para vencer essa sua persistência, é preciso longanimidade, a qual não, apenas, espera pela correção daqueles que empregam a força contra nós como, também, pelo fim das tentações que o diabo provoca.
Benignidade é a afabilidade e amabilidade na conduta e em toda a vida. Pois os cristãos não devem ser rudes e desagradáveis, mas afáveis, humanos, generosos, com quem os outros gostam de conviver, que ocultem as faltas dos outros ou, pelo menos, as interpretem no bom sentido, que, de bom grado, cedam aos outros, que suportem os intratáveis. Semelhantemente, mesmo os gentios disseram: “Conhecerás os hábitos de um amigo, mas não o odiarás”. Uma tal pessoa foi Cristo, como podemos ver a cada passo nos evangelhos.
A bondade é uma virtude muito grande e necessária em todo gênero de vida. Exercer a bondade significa ajudar os outros em suas necessidades, auxiliando-os, liberalmente, por meio de donativos e empréstimos.
Martinho Lutero

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