terça-feira, 2 de setembro de 2014

Escrever na areia ou na pedra?


Conta-se uma história de dois amigos que estavam andando pelo deserto. Em um determinado momento da jornada eles tiveram uma discussão, e um amigo bateu no rosto do outro. Aquele que foi agredido ficou machucado, mas sem dizer nada, escreveu na areia: “Hoje o meu melhor amigo me bateu no rosto”.
Eles continuaram andando até que encontraram um oásis, onde ele decidiram tomar um banho. Aquele que foi agredido ficou preso na lama e começou a se afogar, mas o outro amigo o salvou.
Depois de se recuperar do "quase" afogamento, ele escreveu em uma pedra: “Hoje meu melhor amigo salvou a minha vida”.
O amigo que agrediu e que depois salvou a vida do seu melhor amigo perguntou: "depois que eu lhe agredi, você escreveu na areia e agora, você escreveu em uma pedra, por quê?"
O outro amigo respondeu: "quando alguém nos magoa, nós devemos escrever na areia, onde os ventos do perdão podem apagar isto, mas, quando alguém nos faz algo de bom, devemos gravar isto na pedra, onde nenhum vento jamais poderá apagá-lo".
Se analisarmos nossa vida percebemos que muitas vezes magoamos as outras pessoas e também elas nos magoam. Inevitavelmente, por sermos pecadores fazemos coisas que desagradam a Deus e ao nosso próximo e também as pessoas que estão a nossa volta.
Mas, e como lidamos com isso? Tentamos negar? Colocar a culpa no outro? Ou assumimos nossas falhas?
Em primeiro lugar é preciso refletir sobre como Deus age em relação a nós. A história descrita acima também nos faz refletir sobre isto. Como é que Deus nos perdoa? Nossos pecados são como palavras escritas na areia da praia. Com as “ondas do mar” da morte de Jesus na cruz nossos pecados foram apagados, perdoados. E quem faz as ondas chegarem até a beira da praia é o “vento” do Espírito Santo, que empurra estas ondas. Por outro lado, vemos que o grande amor de Deus é algo que foi escrito na “pedra”, pois nada neste mundo pode nos separar do grande amor de Deus que está em Cristo Jesus (Rm 8.39).
E Deus quer que reflitamos isso também em nossa vida perdoando-nos uns aos outros. Deus não quer que escrevamos na pedra as coisas que nos magoam.
Um dia Pedro perguntou a Jesus se ele devia perdoar sete vezes alguém que o tinha magoado (Pedro chutou o número sete pensando que já era muito).
E Jesus disse: Você não deve perdoar sete vezes, mas setenta e sete vezes (Mt 18.22). Perdoar sempre! Deus nos deu o grande presente do perdão em Jesus Cristo. Vamos celebrar este grande presente de Deus perdoando uns aos outros. E lembre: se alguém te magoar, escreva isto na areia e não na pedra.
Oremos: Senhor Deus, muito obrigado pelo grande presente do perdão. Faze de nós pessoas que reconhecem as suas falhas e vivem o perdão diariamente. Por Jesus, nosso Salvador. Amém.

Rev. Clóvis Renato Leitzke Blank

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