quinta-feira, 4 de maio de 2017

O Novo Culto

“Tomara houvesse entre vós quem feche as portas, para que não acendêsseis, debalde, o fogo do meu altar. Eu não tenho prazer em vós, diz o Senhor dos Exércitos, nem aceitarei da vossa mão a oferta”
̴ Ml 1.10 ̴
No Antigo Testamento, sob a lei de Moisés, o culto era muito pesado e cansativo, uma vez que tinham que fazer sacrifícios de tudo que tinham em casa e no campo. O povo, que era preguiçoso e mesquinho, o fazia de má vontade, ou fazia tudo em função de vantagem material. É como diz o profeta Malaquias 1.10: “Quem há entre vós que gratuitamente fecharia uma porta ou acenderia uma vela sobre o meu altar?”.
Mas um coração tão preguiçoso e indisposto não poderá mesmo dar em canto, ao menos não em canto bom. O coração e o ânimo precisam estar alegres e bem dispostos para cantar. Por isso Deus abandonou esse culto preguiçoso e indisposto, como ele próprio continua dizendo ali: “Não tenho vontade de me voltar a vocês – diz o Senhor – e vossas oferendas de alimento não me agradam, de suas mãos. Pois, desde o nascer do sol até que se ponha, meu nome é glorioso entre os gentios; e em toda parte se oferece incenso a meu nome, e uma oferenda pura de alimento. Pois grandioso é meu nome entre os gentios – diz o Senhor” (Malaquias 1.10-11).
Portanto, agora há um culto melhor no Novo Testamento, do qual o Salmo 96.1 diz: “Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor todo o mundo”. Pois Deus alegrou nosso coração e ânimo por meio do seu Filho amado, o qual ele nos deu para a redenção de pecados, morte e diabo.
Quem nisso crer seriamente, não pode deixar de ficar contente e cantá-lo e anunciá-lo com vontade, que também outros o ouçam e se acheguem. Mas quem não quer cantá-lo e anunciá-lo, isto é sinal de que não o crê e não faz parte do novo e alegre testamento, mas do antigo, preguiçoso e indisposto testamento.
Martinho Lutero

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