“Se porém, procurando ser justificados em Cristo descobrimos que nós mesmos somos pecadores, será Cristo então ministro do pecado? De modo algum!” – Gálatas 2.17
Como pode aqueles que são justificados em Cristo não serem pecadores e, ainda assim, serem pecadores? Pois a Escritura afirma ambas as condições sobre a pessoa que é justificada. João escreve em 1 João 1.8: “Se afirmarmos que estamos sem pecado, enganamos a nós mesmos, e a verdade não está em nós”. Ele também escreve em 1 João 5.18: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não está no pecado”. Ele diz o mesmo em 1 João 3.9: “Todo aquele que é nascido de Deus não pratica o pecado, porque a semente de Deus permanece nele; ele não pode estar no pecado, porque é nascido de Deus”. Em outras palavras, João está dizendo que os cristãos não pecam. Mas, se eles afirmassem não ter pecado, estariam pecando.
Podemos ver uma dificuldade semelhante no livro de Jó. Deus, que não pode mentir, diz que Jó é um homem de integridade (Jó 1.8). Entretanto, Jó confessa mais tarde que é um pecador (Jó 9.20). Em Jó 7.21 ele diz: “por que não perdoas as minhas ofensas e não apagas os meus pecados?” Jó deve estar falando a verdade, porque se ele estivesse mentindo para Deus, Deus não o chamaria de pessoa íntegra. Assim, Jó é íntegro e pecador ao mesmo tempo.
Se olharmos para a fé, as leis de Deus são cumpridas, o pecado é destruído e nenhuma lei é omitida. Mas se olharmos para a nossa natureza pecaminosa, nada há de bom. Portanto, devemos sempre lembrar que todos nós somos justos por intermédio da fé, porém ainda somos pecadores.
Oração: Quero Pai Celeste ajuda-me, pois sou pecador. Lembra-me sempre que sou falho e também que por causa da morte de teu amado Filho Jesus eu tenho o perdão. Firma-me nesta verdade para que eu possa viver em paz. Em nome de Jesus. Amém.
Martinho Lutero
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